A famosa citação de Salvador Dalí, que desejava uma morte "não totalmente" para perdurar na memória, obtém vida no Museu Dalí em Saint Petersburg, onde uma instalação interativa, baseada na tecnologia de deep fake, traz o pintor de volta à vida.
A tecnologia de deep fake desafia a distinção entre o que é real e o que é gerado digitalmente. Ao criar uma representação virtual de uma figura histórica como Salvador Dalí, a fronteira entre a realidade física e a realidade virtual se torna ofusca.
A instalação interativa do Museu Dalí não é apenas uma curiosidade tecnológica; ela encapsula a confusão emergente no mundo pós-digital. Uma linha entre o real e o artificial, e entre o passado e o presente.
O exemplo intrigante da interatividade de Salvador Dalí no Museu Dalí serve para se verificar que existe uma janela onde divergem as complexidades do mundo pós-digital. Assim à medida que a tecnologia avança, inicia a busca pela autenticidade isso torna-se um desafio crucial. No cenário de confusão, a transparência, a confiança e a reflexão crítica surgem como pilares essenciais para navegar pelas emaranhadas redes da era digital.
A facilidade com que informações podem ser compartilhadas e manipuladas online contribui para a confusão entre o verdadeiro e o falso. Notícias falsas, desinformação e deep fakes são exemplos de fenômenos que desafiam a capacidade das pessoas de discernir a verdade na era digital
É visto que a tecnologia avança, e verifica-se que as fronteiras que antes separavam o mundo real do virtual tornam-se mais fluidas. A interatividade com personalidades digitais, como o caso de Salvador Dalí, exemplifica a fusão entre realidade e simulação, arrojando claridade sobre uma nova era de hipóteses e dilemas.
Verifica-se que este exemplo levanta questões profundas sobre a construção da identidade no mundo pós-digital. Assim as máscaras digitais que criamos, as pessoas que assumimos online.
A confusão na era pós-digital é um fenômeno multifacetado que abrange uma variedade de áreas, incluindo interações sociais, comunicação online, disseminação de informações e construção de identidade digital.
A construção da identidade no mundo pós-digital é moldada por máscaras virtuais que criamos. Quem somos nas redes sociais, fóruns e espaços online? A autenticidade da identidade digital levanta questões sobre a verdade por trás das pessoas que assumimos no ciberespaço. Colocamos a questão. Quem somos verdadeiramente por trás delas? Seremos reias ou somos uma farsa?
A transparência é possível, ou estamos destinados a permanecer envoltos na incerteza de quem realmente compartilhamos.
A instalação de Dali não é única na confusão que gera. Como autenticar as imagens digitais que partilhamos? Elas representam a verdadeira essência de quem somos, ou são apenas projeções cuidadosamente construídas? No mundo pós-digital, as imagens que compartilhamos têm o poder de dizer tudo e nada sobre nós.
A busca pela autenticidade transparencia estende-se à informação. Como podemos garantir que a informação que encontramos na rede é autêntica? A transparência dos processos de partilha torna-se crucial, mas quem valida ou autentica a informação? Será a comunidade online capaz de desempenhar esse papel?
A transparência, que se traduz na divulgação clara de processos, intenções e motivações, é essencial para construir e manter a confiança online (Smith, J. "Transparency and Trust in the Digital Sphere", Digital Ethics Quarterly, 7(3), 75-91, 2019)
A procura pela autenticidade da informação na internet é desafiadora, mas imperativa. A transparência nos processos de compartilhamento é crucial, levantando a questão fundamental de quem deve validar a informação. Nesse contexto, a sociedade online aparece como a peça-chave.
Num mundo digital saturado de informações, a autenticidade é essencial para construir conhecimento confiável, evitando distorções e preservando a confiança. A transparência, base da confiabilidade da informação, exige que os compartilhadores forneçam contextos claros e citem fontes confiáveis.
A validação pela comunidade online é inovadora, utilizando fóruns, redes sociais e plataformas colaborativas para compartilhar conhecimentos, corrigir imprecisões e validar informações. A verificação colaborativa de fatos e projetos de verificação emergem como ferramentas valiosas, embora desafios como a rápida disseminação de desinformação persistam.
A educação digital é crucial, capacitando os usuários com habilidades críticas para avaliar informações. Na era digital, a busca pela autenticidade exige abordagens colaborativas. A comunidade online, ao promover transparência e educação, desempenha um papel crucial na construção de um ciberespaço mais autêntico e confiável.
A confiança, elemento central nas interações humanas, assume uma nova complexidade no mundo pós-digital. Como podemos confiar na informação e nas identidades que encontramos online? A qualidade da informação e a idoneidade de sua utilização tornam-se desafios fundamentais.
No entanto, a questão persiste: em um mundo onde as fronteiras entre o real e o virtual se dissipam, qual é a verdade que procuramos?
Diante deste desafio a reflexão crítica surge como um escudo vital para os usuários digitais. Habilitados com uma mente crítica e consciente, tornando-se agentes ativos na busca pela verdade e pela promoção de uma cultura digital mais robusta e confiável. Os usuários digitais são chamados a questionar, analisar e discernir a verdade no labirinto de informações e interações. A habilidade de navegar pelas complexidades do mundo pós-digital requer uma mente crítica e consciente.
Neste novo paradigma, a reflexão crítica não é apenas uma habilidade desejável, mas uma necessidade premente para nova era da informação.
Assim a autenticidade e transparência em rede não são apenas ideais éticos, mas, sim fundamentos essenciais para a construção de relacionamentos digitais significativos e de uma cultura online responsável. Ao abraçar estes princípios, indivíduos e comunidades podem contribuir para um ambiente digital, verificando-se assim que a confiança floresce, promovendo interações mais positivas e duradouras.
"Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade". Artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Referencias Bibliográficas
https://www.tecmundo.com.br/ciencia/138344-vivo-museu-recria-salvador-dali-partir-ia.htm
Garcia, C. 2021 Authenticity in the Digital Age, Journal of Online Ethics, 10(1), 32-48
Brown, A. 2020 Authenticity and Digital Relationships, Cyberpsychology Review, 15(2), 110-128
Smith, J. (2019) Transparency and Trust in the Digital Sphere, Digital Ethics Quarterly, 7(3), 75-91
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