Modelos de Educação a Distância 2023 - ePortfolio

 

 Entrevista com uma Especialista em EaD: Experiências e Reflexões


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Deixo aqui os detalhes da nossa mais recente atividade em Modelos de EaD: Entrevista a um Especialista em Educação a Distância (EaD). Durante o período de 5 a 26 de fevereiro, mergulhamos numa jornada de aprendizagem colaborativa e análise crítica.

Na fase inicial, fomos organizados em grupos a fim de realizar uma entrevista a um especialista em EaD. Foi um momento de seleção criteriosa do especialista, agendamento da entrevista e finalização do guia de perguntas. As questões foram cuidadosamente selecionadas, considerando o guião que elaboramos no decorrer do semestre, a partir da abordagem teórica previamente desenvolvida na unidade curricular.

Após a definição dos objetivos e a seleção das perguntas, o grupo compartilhou o roteiro de entrevista com a professora, para uma revisão preliminar. Em seguida, procedemos com a entrevista, mergulhando nas experiências e reflexões da especialista pelo grupo convidada - Dra. Daniela Melaré Vieira Barros.





Doutora em Educação pela UNESP – Brasil e em Educação pela UNED de Madrid. É Professora Auxiliar, de nomeação definitiva, no Departamento de Educação e Ensino a Distância (DEED) da Universidade Aberta (UAb). Atualmente é vice-coordenadora da Licenciatura em Educação, membro do Conselho Pedagógico e membro da Unidade de Desenvolvimento dos Centros Locais de Aprendizagem da mesma Universidade (UMCLA). É investigadora integrada no Centro de Estudos Globais – Grupo Educação e Cidadania Global (UAb) e colaboradora do Laboratório de Educação a Distância e eLearning (LE@D- UAb) https://orcid.org/0000-0002-1412-2231

Dra. Daniela Melaré Vieira Barros

 

A seguir, foram transcritas as questões e uma síntese das respostas, acompanhadas de alguns fragmentos da fala da entrevistada, destacados em vermelho. 

Questão 01 - Como enxerga a viabilidade e os desafios da coexistência eficaz de diferentes teorias de aprendizagem no design e na implementação de cursos de EaD?

Em resposta, a entrevistada discute a evolução das teorias de aprendizagem na educação a distância, começando a partir do paradigma da presencialidade, destacando que as teorias na educação a distância foram moldadas pelo uso de mídias digitais, começando inicialmente com a televisão e posteriormente se refinando. Reforçou que a educação a distância atual é complexa e está em constante evolução, exigindo que os educadores se adaptem a novas teorias e tecnologias, porque “…tecnologia não é para educação. Nós que fazemos o processo de adaptação das mesmas (…) Quando sai uma app, quando sai um modelo de plataforma, nós temos que olhar aquilo com um olhar educacional e adaptar aquilo para a educação.  Esse é o nosso trabalho contínuo, complexo, diferente das outras áreas do conhecimento.” (Barros, 2024) Enfatizou ainda que as teorias de aprendizagem na educação a distância são únicas devido ao paradigma virtual, que inclui os paradigmas de tempo, espaço, interação, comunicação e ausência, resultando em uma forma diferente de aprendizado do tradicional ambiente presencial.

Questão 2.1. - Diversos estudiosos analisam os Recursos Educativos Abertos (REAs), as Práticas Educativas Abertas (PEAs) e os Massive Open Online Courses (MOOCs), destacando a importância de uma reconceptualização nos entendimentos tradicionais da ecologia de aprendizagem. Como percebe essa necessidade de reconceptualização nos contextos da Educação Online?

Questão 2.2. - Acredita que é relevante repensar os entendimentos tradicionais diante das mudanças na educação online?

Segundo a entrevistada, embora tenha havido inúmeros estudos analisando recursos educacionais abertos e práticas, é crucial reconsiderar conceitos educacionais tradicionais dentro do contexto da aprendizagem online. O ambiente de aprendizado online oferece características únicas e contribui para uma experiência educacional mais colaborativa e descentralizada.

“A educação online trouxe outro olhar para o processo ensino e aprendizagem, muito diferente do que havia, com muito mais recurso educacional, com muito mais rede de apoio, muito mais colaborativa, utilizando várias fontes, decentralizando do professor, fazendo com que as pessoas trabalhem de forma individual, mas ao mesmo tempo cooperativa e colaborativa, que interajam mais, que sejam capazes de ver a percepção do outro e não só a sua percepção.” (Barros, 2024)

Assim, a entrevistada argumenta sobre a necessidade de repensar entendimentos educacionais tradicionais para se adaptar ao cenário em evolução da educação online. Discute a evolução contínua da educação online e o papel da tecnologia nesse contexto, enfatizando a importância de se adaptar a novas ferramentas e serviços, que constituem um requisito contínuo de inovação e flexibilidade para os educadores.

Questão 3 - Com o incremento exponencial da Inteligência artificial, acredita que os professores poderão se tornar obsoletos e serem substituídos por essa tecnologia?

A conversa então se volta para o impacto da Inteligência Artificial (IA) na educação, com preocupações levantadas sobre sua possível substituição de professores à medida que se torna mais sofisticada e integrada a vários contextos educacionais. Apesar dessas preocupações, a entrevistada acredita que os professores não serão completamente substituídos pela IA, mas sim se adaptarão e continuarão desempenhando um papel essencial na educação. Segundo ela, “…a IA não faz nada se você não der um direcionamento pedagógico para ela, se eu não encaminhar, ela não serve para nada” e, além disso, “…a tecnologia é sempre o desafio e o diferencial da docência, é só o professor descobrir isso…” ( Barros, 2024).  A discussão também aborda a importância da participação e colaboração em ambientes de aprendizado, como em fóruns, e a necessidade de reimaginar seu papel em contextos online e offline com o surgimento da IA.

Questão 4 - Como a integração da Inteligência Artificial pode transformar as funções dos professores e redefinir o seu papel no processo educacional?

A entrevistada enfatiza que a IA é um tópico fascinante que existe há alguns anos, mas ganhou intensidade significativa devido aos avanços tecnológicos. Afirma que a IA tem o potencial de transformar os processos de aprendizado e redefinir o papel do educador. A palestrante então mergulha no tópico da Teoria de Aprendizado para IA e descreve a importância de desenvolver mecanismos para que os robôs aprendam semanticamente e oralmente, além de sistemas de arquitetura e análise. No entanto, essa forma de aprendizado é diferente do aprendizado reflexivo, histórico ou interativo. A entrevistada esclarece ainda que a IA não tem como objetivo substituir os professores; em vez disso, ela atuará como aliada. O papel dos professores é essencial para fornecer direção pedagógica à IA. Para ilustrar a importância da direção pedagógica, usa o exemplo de um professor gerenciando uma grande turma online, enfatizando que, sem essa direção pedagógica, a IA pode não alcançar os resultados de aprendizagem desejados. Enfatiza que, no geral, a tecnologia é uma excelente ferramenta para a educação, mas requer que os professores a abracem e aprendam a aproveitar seu poder. Por fim, a entrevistada encoraja os espectadores a questionarem o papel dos professores na era digital e desmistificarem concepções errôneas comuns sobre a substituição de educadores pela tecnologia.

Questão 5 - Quais são, em sua visão, as principais implicações éticas e práticas que as instituições e, em especial, os educadores enfrentam ao adotar essas tecnologias?

A entrevistada inicia a fala afirmando que “…As questões éticas no processo de ensino e aprendizagem com tecnologias nunca estiverem e não estão, todavia, de forma nenhuma bem definidas.” (Barros, 2024). Em seguida, discute a importância da análise crítica ao usar informações de fontes como o ChatGPT, enfatizando que, embora possa fornecer informações úteis, nem sempre está correto e deve ser tratado como uma ferramenta e não como uma fonte de conhecimento. Também aborda considerações éticas ao usar essa tecnologia e o processo contínuo de construção do conhecimento na educação, explicando que, embora o ChatGPT possa ser um recurso útil, deve ser usado em conjunto com pesquisa e referências adequadas. Enfatiza a importância de não depender exclusivamente do ChatGPT ou de qualquer outra IA como a única fonte de conhecimento, mas sim usá-lo como uma ferramenta complementar para auxiliar na aprendizagem, uma vez que "a IA não analisa, ela não compara, ela não atualiza se não for atualizada. Ela não sabe, quando eu falo, se é fato de “roupa” ou se é fato de acontecimento. porque ela não tem essa percepção. Eu tenho que explicar para ela isso.” (Barros, 2024)

Questão 6 - Quais acredita serem as tendências futuras esperadas no desenvolvimento e uso do Chat GPT na educação online?

Em resposta, a entrevistada discute a mudança da educação informal para a formal e a necessidade de adaptar os métodos de avaliação. O processo de avaliação atual requer diversificação, personalização e uma abordagem baseada em experimentação, com foco na colaboração entre pais e alunos, autoavaliação e uma forma de avaliação mais interativa e ética. No entanto, essa mudança apresenta desafios, especialmente em relação às certificações e aos padrões necessários. Sugere que, embora esses padrões sejam necessários para fins de certificação, eles também podem ser interpretados para alcançar o mesmo objetivo de maneira mais flexível. Neste trecho, a entrevistada compara o Chat GPT ao GPS para ilustrar como ela o percebe como um recurso útil, mas ressalta a importância de utilizá-lo de maneira adequada e consciente. Ela enfatiza que tanto o Chat GPT quanto o GPS são recursos valiosos em suas respectivas áreas de aplicação. A entrevistada descreve como inicialmente usava o GPS de forma emergencial, quando não conhecia o caminho para Lisboa, mas com o tempo aprendeu a ajustá-lo conforme suas necessidades e preferências. Assim como confiava no GPS para fornecer orientações precisas, destaca a importância de confiar no Chat GPT para obter informações relevantes, mas também de analisar criticamente suas sugestões e ajustá-las de acordo com sua própria perspectiva e necessidades. A comparação ilustra como a entrevistada percebe o Chat GPT não apenas como uma ferramenta útil, mas também como um recurso que requer análise e interpretação por parte do usuário, assim como o GPS.

Questão 7 Como os educadores podem se preparar para essas mudanças e integrar efetivamente essa tecnologia em seus métodos de ensino online?

A entrevistada discute a importância de se adaptar às tecnologias educacionais, como a inteligência artificial (IA), na sala de aula. No entanto, ela também reconhece as limitações de tais ferramentas e a necessidade de verificar as fontes confiáveis de informações que elas fornecem.

Expressa ainda sua percepção sobre o impacto do Chat GPT na educação, enfatizando que sua facilidade de acesso pode levar os alunos, tanto do ensino secundário quanto do ensino superior, a utilizá-lo sem reflexão crítica, resultando em uma abordagem superficial do conteúdo. Ela ressalta a importância de os educadores adotarem estratégias para incorporar essas ferramentas tecnológicas no processo de ensino, reconhecendo que a educação está em constante evolução e adaptação. A professora enfatiza que a tecnologia é intrínseca à sociedade moderna e que os educadores devem buscar formas de integrá-la de maneira eficaz para promover a aprendizagem significativa e a transmissão do conhecimento humano de geração em geração, pois Não só para si, mas para teus estudantes também. E para que tudo isso? Para garantir a aprendizagem do conhecimento humano que passa de geração em geração. Isso é educação.” (Barros, 2024)

Conclui dizendo que ignorar a tecnologia não é uma opção viável, e que o objetivo principal é garantir a aprendizagem dos estudantes em um contexto em constante transformação. 

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SÍNTESE DAS PRINCIPAIS CONCLUSÕES

A partir da transcrição da entrevista, foi possível extrair várias conclusões sobre o cenário da Educação a Distância (EaD) e o impacto das novas tecnologias na perspectiva da Doutora Daniela Melare Vieira Barros, as quais organizamos em tópicos e listamos a seguir:

Diversidade de Teorias de Aprendizagem na EaD: As teorias de aprendizagem na EaD evoluíram consideravelmente, desde o paradigma da presencialidade até o ambiente virtual atual. É essencial adaptar as teorias ao contexto específico da EaD, considerando seus paradigmas únicos. (Fernandes Gomes & Hernández Serrano, 2014)

Reconceituação na Educação Online: Há uma necessidade de repensar os entendimentos tradicionais diante das mudanças na educação online (Bartelle,2021), incluindo a adoção de Recursos Educativos Abertos (REAs) e Práticas Educativas Abertas (PEAs) para uma experiência mais colaborativa e descentralizada.

Impacto da Inteligência Artificial (IA): A IA está transformando o cenário educacional (Göçmez & Okur,2023), oferecendo oportunidades de personalização e automação, mas também levantando preocupações sobre a substituição dos professores. (Santos et al, 2023). No entanto, a IA deve ser vista como uma aliada que requer direção pedagógica dos professores. (Flores-Vivar& Garcia-Penalvo, 2023)

Considerações Éticas na Integração da IA: A integração da IA na educação online levanta questões éticas, como privacidade, equidade e envolvimento dos alunos (Du Boulay,2022). É necessário desenvolver diretrizes éticas sólidas para orientar o uso responsável da tecnologia.

Impacto do Chat GPT na Educação e Necessidade de Integração Tecnológica:

As tecnologias como o ChatGPT oferecem oportunidades de aprendizagem mais interativa e personalizada (Pimentel & Carvalho, 2023), mas também apresentam desafios, como a verificação de fontes confiáveis de informação. Os educadores precisam estar preparados para integrar efetivamente essas tecnologias em seus métodos de ensino online (Teixeira & Mota, 2020). A intrínseca relação da tecnologia com a sociedade moderna e a importância de sua integração eficaz para promover a aprendizagem significativa, além da importância de saber agregar esses recursos de forma positiva é destacada, concluindo que ignorar a tecnologia não é uma opção viável diante de um contexto em constante transformação.

Neste vídeo, apresentamos uma síntese  da entrevista:

 

 


 

 


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A partir dessa entrevista, avançamos para a análise, à luz das teorias discutidas no decorrer do semestre. Em seguida, compartilhamos nossa análise e síntese da entrevista (acima transcrita), o que também foi feito pelos demais grupos. Foi um momento de aprendizado coletivo, onde cada grupo trouxe suas percepções, conclusões e desafios encontrados durante o processo.

Discutimos sobre as principais conclusões tiradas de cada entrevista, bem como as nuances e tendências identificadas nos discursos dos especialistas. Foi uma oportunidade valiosa para enriquecer nossa compreensão sobre EaD e suas práticas.

Agradecemos a todos os especialistas que gentilmente compartilharam suas visões conosco, aos nossos colegas por sua dedicação e colaboração ao longo deste processo e à Professora Lúcia Amante pela condução, atuando como uma verdadeira curadora na nossa busca pelo conhecimento.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Bartelle, L. B. (2021). A inteligência artificial e a educação superior online. Trajetória Multicursos, 14(2), out/nov/dez.https://www.researchgate.net/publication/368502957_A_INTELIGENCIA_ARTIFICIAL_E_A_EDUCACAO_SUPERIOR_ONLINE

Barros, D.M.V. (2024). Entrevista a um Especialista em EaD [Entrevista por Zoom]. Recuperado de (URL) https://us06web.zoom.us/rec/share/DolZ-dfTfDQJT_DlN1yr2Mz5riO9tKknV5vXbWrluoxqhKMdBS63AdYJHUAfFw93.DbjmhK56Tj61jTZG

Du Boulay, B. (2022). Artificial Intelligence in Education and Ethics. In J. Keengwe, & G. K. Atherton (Eds.), Handbook of Open, Distance and Digital Education (pp. 1-14). Springer, Singapore. https://doi.org/10.1007/978-981-19-0351-9_6-2

Fernandes Gomes, N., & Hernández Serrano, M. J.  (2014). Tecnologias e modelos de aprendizagem emergentes no ensino superior. Propostas e aplicações de inovações. Teoría de la Educación. Educación y Cultura en la Sociedad de la Información, 15(4), 134-159. https://www.redalyc.org/comocitar.oa?id=201032973007

Flores-Vivar, J. M., & García-Peñalvo, F. J. (2023). La vida algorítmica de la educación: Herramientas y sistemas de inteligencia artificial para el aprendizaje en línea. In G. Bonales Daimiel & J. Sierra Sánchez (Eds.), Desafíos y retos de las redes sociales en el ecosistema de la comunicación (Vol. 1, pp. 109-121). McGraw-Hill. https://repositorio.grial.eu/bitstream/grial/2871/1/Flores.pdf

Göçmez, L., & Okur, M. R. (2023). Artificial Intelligence Applications in Open and Distance Education: A Systematic Review of the Articles (2007-2021). Asian Journal of Distance Education, 18(1). Retrieved from https://www.asianjde.com/ojs/index.php/AsianJDE/article/view/665

Pimentel, M., & Carvalho, F. (2023, 6 de junho). ChatGPT: concepções epistêmico-didático-pedagógicas dos usos na educaçãohttps://horizontes.sbc.org.br/index.php/2023/06/chatgpt-concepcoes/

Santos L. C. B., Nascimento C. A.  M., Vieira M.A.,Corrêa S. H. B., Lima V. V. & Valadares W. R. C. (2023). A Incorporação da Inteligência Artificial na Educação a Distância – experiências e tendências. Revista ft, 28 (128). DOI: 10.5281/zenodo.10152805. https://revistaft.com.br/a-incorporacao-da-inteligencia-artificial-na-educacao-a-distancia-experiencias-e-tendencias/

Souza, J. E. F., Silva, K. C. da, Lopes, D. C., & Cintra, M. E. (2019). Aplicações da inteligência artificial na resolução de problemas clássicos da educação a distância. In K. C. da Silva & Q. T. C. Mehlecke (Eds.), Educação a distância no ensino superior: ensino híbrido (pp. 173-200). São Paulo: Opção livros. Série EaD em debate, v. 4. https://editoracajuina.com.br/gallery/Eadensinosuperiorquatro.pdf

Teixeira, A. M., & Mota, J. (2020). The Importance of Being Open: How European Open Universities Can Reposition in the Post-Pandemic Higher Education Landscape. In G. Bonales Daimiel & J. Sierra Sánchez (Eds.), Enhancing the Human Experience of Learning with Technology: New challenges for research into digital, open, distance & networked education. European Distance and E-Learning Network (EDEN) Proceedings 2020 Research Workshop. Lisbon, 21-23 October, 2020 (pp. 178). ISSN 2707-2819. https://doi.org/10.38069/edenconf-2020-rw-0020

Atividade 4: Entrevista a um especialista em EaD

Duração - 5 a 26 de fevereiro

Guião da Entrevista

 




 






Atividade 3: Educação Online - Tendências emergentes

Duração - 9 a 29 de janeiro  

Atividade de Grupo seguida de debate na Turma

 

Segue infográfico comparativo de IA e Modelos Híbridos. 

Como a IA é uma ferramenta versátil que pode ser integrada a diferentes modelos de EaD, estabelecemos critérios para comparação e produzimos um infográfico inicialmente com mais informações tanto de modelos Híbridos, quanto de IA. 

Posteriormente, optamos por simplificar, mantendo apenas as informações mais importantes de Modelos Híbridos e das possibilidades de Inteligência Artificial: desafios para a EaD. No arquivo PDF, constam os dois modelos. 


Fernanda Mestre
Graziela Stefanello
Sônia Cotrim 
Telma Pinto




 

Olá, Professora Lúcia e Colegas, 


A partir da análise da bibliografia indicada e dos textos incluídos pelo grupo, produzimos a Bibliografia Anotada (BA) desta atividade. 

Como não havia um modelo a ser seguido de relatório, pesquisamos o que se espera de um relatório acadêmico em nível de mestrado, então o grupo produziu um texto contendo introdução, metodologia, a síntese das BAs - apresentada no tópico "Análise de Bibliografia". Posteriormente, em "Resultados e Discussões", compartilhamos nossas percepções sobre o tema, primeiro em formato textual e, em seguida, em tópicos, abordando os benefícios, as estratégias de implementação e os desafios tanto da IA na EaD como, mais especificamente, do modelo GPT na área educacional. Em seguida, escrevemos  as "Considerações Finais" e as "Referências Bibliográficas" que, esperamos, em conformidade com as normas APA. 

Assim, na expectativa de corresponda ao solicitado, apresentamos nosso relatório. 

O grupo manifesta ainda interesse em produzir infográfico comparando Inteligência Artificial e EaD a  Modelos Híbridos


No entanto, caso não seja viável, estamos abertas a considerar a produção de infográfico envolvendo outro modelo. 

Gratas pela Atenção, 

Fernanda Mestre 

Graziela Stefanello 

Sônia Cotrim 

Telma Pinto 

 

Acesso ao Relatório

https://pdf.ac/2p7cdN

 

Atividade 2: Teorias de EAD - Confronto de perspetivas

 

Duração - 28 de novembro e 8 de janeiro 2024

Descrição resumida 

A atividade 2 envolve 2 etapas. Na Etapa 1 os estudantes dividem-se em grupos e trabalham sobre 2 diferentes teorias de EaD, produzindo uma apresentação sobre as características das mesmas. Na Etapa 2 os grupos partilham no Fórum geral da Atividade o trabalho desenvolvido debatendo as diferentes teorias e as relações entre elas. Simultaneamente prossegue a construção da bibliografia anotada e do Guião de Entrevista sobre EaD. Consulte as indicações detalhadas e se necessário esclareça algum aspeto no Fórum da Atividade 2.

Acesso ao trabalho elaborado pelo grupo

https://www.canva.com/design/DAF2-CjEXMM/__LtY9JMEt0Cx3ATdiqpag/view?utm_content=DAF2-CjEXMM&utm_campaign=designshare&utm_medium=link&utm_source=editor

Além da teoria, no padlet, há uma apresentação produzida no Canvahttps://www.canva.com/design/DAF2-CjE...

 

Link para Bibliografia anotada

https://pdf.ac/3jBAmA

 

Atividade 1: Fundamentos da Educação a Distância

Duração - 6 a 27 novembro

Atividade individual seguida de debate na Turma

A atividade 1 visa uma introdução ao panorama da Educação a Distância, seus fundamentos e conceitos. Ao longo desta UC de MED iremos construir uma Bibliografia Anotada (normas APA)que constituirá um Recurso para toda a turma. São indicados 3 textos obrigatórios para incluir nesta Bibliografia, a que se juntará um 4º texto resultante das vossas pesquisas. Depois desta etapa de trabalho individual, desenvolve-se uma 2ª etapa de trabalho conjunto em que o grupo turma melhora os contributos individuais da 1ª etapa e elabora a partir de cada um dos textos anotados um possível conjunto de questões, dando início à construção de um Guião de Entrevista sobre EaD.

Trabalho Individual - Bibliografia Anotada (6 a 20 de novembro)

1. Leitura dos textos:

  • Amante, L.; Quintas-Mendes, A. (2016 - 2018). Educação a Distância, Educação Aberta e inclusão - Dos Modelos Transmissivos às Práticas Abertas. In Inclusão Social. Tecnologias Educacionais e Educação a Distância. V.10, nº1, jul./dez. Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict). https://revista.ibict.br/inclusao/article/view/4172

2. Elaboração das anotações para cada um dos textos, seguindo as orientações sobre Bibliografia Anotada (normas APA).

3. Pesquisa e seleção de um 4º texto de outro(s) autor(es) publicado em revista científica da especialidade.

4. Elaboração da anotação do texto selecionado procurando fazer o seu enquadramento face aos textos anteriores.

5. Submissão das 4 bibliografias comentadas no dispositivo "Trabalho" (Até 20 de novembro)

Trabalho de Turma - Finalização da Bibliografia Anotada e questões para Guião de entrevista (21 a 27 de novembro)
Nesta fase a docente reúne os contributos dados e partilha-os no fórum para análise e aperfeiçoamento conjunto pela turma.

6. O grupo debate os contributos dados, melhorando-os e escolhe para cada texto a versão final a incluir na Bibliografia Anotada da Turma que continuará em construção nas atividades seguintes.


8. Cada estudante elabora um conjunto de 3 possíveis questões, decorrentes das leituras realizadas, dando início à preparação de um Guião de entrevista a um professor de EaD sobre os aspetos em foco nos textos trabalhados. O Guião continuará em construção nas Atividades seguintes.


Por fim....

Cada estudante relata e reflete no seu BLOG/ePortfolio do mPEL na área que criou para a UC de MED sobre os aspetos mais relevantes da atividade desenvolvida. 

Avaliação
4 valores:
 - 2 valores para o trabalho individual de construção da bibliografia anotada
 - 2 valores para o trabalho desenvolvido através da participação no Fórum da turma (melhoria da bibliografia anotada e questões para o Guião de entrevista em preparação).

Autoavaliação

Preencher a ficha de autoavaliação disponibilizada pela docente no final da Atividade.

Reflexão 

 

 

Após a leitura do texto

Aires, L. (2016).  E-Learning, educação online e educação aberta: contributos para uma reflexão teóricaRIED, Vol. 19, nº 1, pp. 253-269.

Retirei as seguintes conclusões:

A Educação Aberta Online, reconhecendo o impacto transformador na sociedade do conhecimento, integra princípios da educação aberta com o ambiente online, aproveitando as oportunidades das tecnologias digitais, fundamentado em revisões literárias, destaca autores influentes na teoria da educação a distância online.

O e-Learning é abordado como parte de uma nova ecologia educativa, variando de ênfase tecnológica à inclusão de processos de ensino online. A Educação Online é examinada, enfocando a complexidade da definição, desde a perspetiva tecnológica até a ênfase na interação e aprendizagem ativa. A Educação Aberta Online é apresentada como movimento crucial para o século XXI, incorporando valores de abertura, ética da participação e colaboração.

Os Massive Online Open Courses (MOOCs) são destacados como expressões significativas, exigindo a reavaliação de conceitos tradicionais. Seu histórico está ligado aos ideais iluministas de liberdade, democracia e igualdade. A década atual é denominada "década aberta". Downes (2013) aborda as ambiguidades do termo "abertura". Deimann e Farrow (2013) veem a educação aberta contemporânea como fusão de tecnologias digitais, literacia online e inovação pedagógica, propondo compromissos, incluindo a promoção da gratuidade do conhecimento. A discussão abrange os Recursos Educacionais Abertos (OER), associados aos "4 Rs": reusar, redistribuir, revisar e remixar. McGreal (2013) argumenta que os riscos apontados por Bates (2011) não são exclusivos dos OER.

Bibliografia Anotada 

Bibliografia anotada

Aires, L. (2016).  E-Learning, educação online e educação aberta: contributos para uma reflexão teóricaRIED, Vol. 19, nº 1, pp. 253-269.

A Educação Aberta Online, reconhecendo o impacto transformador na sociedade do conhecimento, integra princípios da educação aberta com o ambiente online, aproveitando as oportunidades das tecnologias digitais, fundamentado em revisões literárias, destaca autores influentes na teoria da educação a distância online.

O e-Learning é abordado como parte de uma nova ecologia educativa, variando de ênfase tecnológica à inclusão de processos de ensino online. A Educação Online é examinada, enfocando a complexidade da definição, desde a perspetiva tecnológica até a ênfase na interação e aprendizagem ativa. A Educação Aberta Online é apresentada como movimento crucial para o século XXI, incorporando valores de abertura, ética da participação e colaboração.

Os Massive Online Open Courses (MOOCs) são destacados como expressões significativas, exigindo a reavaliação de conceitos tradicionais. Seu histórico está ligado aos ideais iluministas de liberdade, democracia e igualdade. A década atual é denominada "década aberta". Downes (2013) aborda as ambiguidades do termo "abertura". Deimann e Farrow (2013) veem a educação aberta contemporânea como fusão de tecnologias digitais, literacia online e inovação pedagógica, propondo compromissos, incluindo a promoção da gratuidade do conhecimento. A discussão abrange os Recursos Educacionais Abertos (OER), associados aos "4 Rs": reusar, redistribuir, revisar e remixar. McGreal (2013) argumenta que os riscos apontados por Bates (2011) não são exclusivos dos OER.

 

Amante, L.; Quintas-Mendes, A. (2016 - 2018). Educação a Distância, Educação Aberta e inclusão - Dos Modelos Transmissivos às Práticas Abertas. In Inclusão Social. Tecnologias Educacionais e Educação a Distância. V.10, nº1, jul./dez. Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict). https://revista.ibict.br/inclusao/article/view/4172

O texto aborda a Educação a Distância (EaD), desde suas origens até sua evolução para se adaptar aos contextos histórico-sociais. Destaca a transição da sociedade industrial para a do conhecimento, focando na Universidade Aberta Portuguesa (UAb) como exemplo desse movimento. Explora a mudança de um modelo convencional para um pedagógico virtual, impulsionado pela Revolução Digital, e introduz o conceito de educação aberta associado à Web 2.0.

Destaca o movimento dos Recursos Educacionais Abertos (REA), salientando a importância da participação na Web 2.0. Aborda críticas ao movimento REA, ressaltando a necessidade de práticas educacionais abertas contextualizadas.

Apresenta os Ambientes Pessoais de Aprendizagem (APA), enfatizando o controle do estudante sobre seu processo de aprendizagem. Explora desafios e vantagens dos APA em comparação com plataformas de e-learning tradicionais.

Finalmente, destaca a mudança de foco na educação, passando da memorização para a produção de artefatos e representações de conhecimento. Reflete sobre objetivos de aprendizagem em um ambiente digital, enfatizando a importância de produções digitais compartilháveis e reutilizáveis.

No geral, oferece uma visão abrangente das mudanças na educação, destacando a transição para práticas mais abertas, participativas e centradas no estudante.

Título do Texto: "Educação a Distância, Educação Aberta e Inclusão - Dos Modelos Transmissivos às Práticas Abertas"

Autores: Lúcia Amante e António Quintas-Mendes

Nóvoa, A. (1998). "Os professores e as histórias da sua vida". Instituto de Inovação Educacional.

citada no texto para contextualizar a criação da escola de massas durante a Revolução Industrial e suas implicações sociais e culturais.

Bianchetti, L., & Palangana, I. (2000). "O Trabalho do Professor: o ethos disciplinar". Mercado Aberto.

Referenciado para explorar as mudanças no sistema educacional durante a Revolução Industrial.

Weinbren, D. (2015). "The Open University: A History". Manchester University Press.

Mencionada para contextualizar a criação da Open University no Reino Unido e seu impacto na inclusão educacional.

Tuomi, I. (2013). "The Lives and Death of Moore’s Law". First Monday, 18(5).

Citado para discutir a mudança nas necessidades educacionais ao longo das eras.

Illich, I., & Freire, P. (1971). "Deschooling Society". Harper & Row.

Referenciado para discutir as mudanças necessárias na educação, especialmente durante a transição para uma sociedade do conhecimento.

Quintas-Mendes, A., & Grave, R. (2004). "Os novos públicos da educação a distância em Portugal". Educação, Formação & Tecnologias, 1.

Esta obra é mencionada para contextualizar a criação da Universidade Aberta em Portugal.

Harasim, L. (2000). "Shift happens: Online education as a new paradigm in learning". The Internet and Higher Education, 3(1-2), 41-61.

Utilizado para discutir a mudança de paradigma na Educação a Distância com a ascensão da comunicação mediada por computador.

Teixeira, A. (2007). "Modelo Pedagógico Virtual para o Ensino a Distância". Universidade Aberta.

Referenciado para discutir as mudanças no modelo pedagógico da Universidade Aberta.

Souza, M. C., Spilker, M. J., & Amante, L. (2015). "Inclusão digital em educação a distância: Um estudo de caso na Universidade Aberta do Brasil". Revista Brasileira de Informática na Educação, 23(2), 43-60.

Essa obra é citada para destacar a ênfase na inclusão digital na abordagem da Universidade Aberta

 

Dron, J., Anderson, T. (2012). Três gerações da pedagogia de EAD, Revista FOCO. https://eademfoco.cecierj.edu.br/index.php/Revista/article/view/162

Explora a evolução da Educação a Distância, ao longo de três gerações, analisando gerações tecnológicas associadas as pedagogias correspondentes. Inicialmente, destaca a transição do correio para tecnologias bidirecionais, examinando pedagogias cognitivo-behavioristas que enfatizam a aprendizagem individualizada. Em seguida, aborda a pedagogia socioconstrutivista, derivada do construtivismo social de Vygotsky e Dewey, destacando ênfase na natureza social do conhecimento e na interação flexível proporcionada por tecnologias bidirecionais.

A discussão estende às pedagogias construtivista e conetivista na EaD. A abordagem construtivista valoriza a construção ativa do conhecimento pelos alunos por meio de interações sociais, com professores atuando como guias. Já a pedagogia conetivista, como a terceira geração, baseia-se em redes para resolver problemas reais, incentivando a contribuição aberta, destacando a presença de ensino na pedagogia conetivista, sublinhando a colaboração entre professores e alunos na criação de conteúdo de estudo, com avaliação envolvendo autorreflexão e avaliação do professor em relação às contribuições dos alunos.

Conclui apontando para tendências futuras, como a importância dos coletivos na aprendizagem, delineando uma possível próxima geração de pedagogia de EaD habilitada por tecnologias que exploram efetivamente esses coletivos. Em resumo enfatiza a evolução das abordagens pedagógicas na EaD, destacando a importância da interação social, colaboração na aprendizagem significativa.

Aerts, D. et al. (1994). Worldviews: From fragmentation to integration.

O livro explora a integração de perspectivas de mundo, oferecendo uma visão abrangente das mudanças de paradigma. Aborda a necessidade de integração em oposição à fragmentação no pensamento contemporâneo.

Anderson, T. (2003). Getting the mix right: An updated and theoretical rationale for interaction.

Anderson examina a importância da interação na aprendizagem a distância. Ele fornece uma base teórica atualizada para entender a relação entre tecnologia e pedagogia.

Anderson, T. (2009). The dance of technology and pedagogy in self-paced distance education.

Este artigo, apresentado no 17º Congresso Mundial da ICDE, explora a interação entre tecnologia e pedagogia em cursos de educação a distância de ritmo próprio.

Annand, D. (1999). The problem of computer conferencing for distance-based universities.

Annand aborda desafios específicos relacionados à comunicação online em universidades de ensino a distância, oferecendo insights sobre as limitações e oportunidades.

Arbaugh, J. B. (2008). Does the community of inquiry framework predict outcomes in online MBA courses?

Arbaugh investiga se o framework da comunidade de investigação pode prever resultados em cursos de MBA online, contribuindo para a compreensão do papel da comunidade na aprendizagem online.

Bandura, A. (1977). Social learning theory.

Bandura apresenta a Teoria da Aprendizagem Social, destacando a influência do ambiente e das interações sociais no processo de aprendizagem.

Brin, S.; Page, L. (2000). The anatomy of a large-scale hypertextual web search engine.

Este trabalho é fundamental para compreender os princípios por trás do motor de busca do Google, fornecendo insights sobre a estrutura da web e suas implicações.

Bruns, A. (2008). Blogs, Wikipedia, Second Life, and beyond: From production to produsage.

Bruns explora o conceito de "produsage", destacando a mudança de papéis de meros consumidores para produtores ativos na era digital.

Carr, N. (2010). The shallows: What the Internet is doing to our brains.

Carr examina o impacto da tecnologia, especialmente da internet, em nossos processos cognitivos, questionando como ela pode estar moldando nossa maneira de pensar.

Castells, M. (1996). The Information Age: Economy, society and culture: the rise of the networked society (vol. 1).

Castells fornece uma análise abrangente da sociedade da informação, explorando as implicações sociais, econômicas e culturais da ascensão da sociedade em rede.

Garrison, D. R. (1997). E-Learning in the 21st Century: A Framework for Research and Practice.

Este livro aborda as bases teóricas e práticas do e-learning, com foco particular no construtivismo e na interação entre alunos e professores. Garrison argumenta que o construtivismo pode ser aplicado de maneira eficaz na educação a distância, promovendo ricas interações aluno-aluno e aluno-professor. A obra destaca a importância da presença cognitiva na pedagogia socioconstrutivista.

Siemens, G. (2005). Connectivism: A Learning Theory for the Digital Age.

Este artigo seminal de George Siemens introduz o conceito de conectivismo como uma teoria de aprendizagem adequada para a era digital. Siemens argumenta que a aprendizagem é um processo de construir redes de informação e conexões, e que os alunos devem desenvolver habilidades para explorar essas redes. A presença cognitiva e social na pedagogia conectivista é explorada, destacando a importância das redes na aprendizagem.

 Wegerif, R. (2007). Dialogic Education and Technology: Expanding the Space of Learning.

Wegerif explora a importância do diálogo na educação, especialmente na perspectiva construtivista. Destaca a investigação dialógica como um elemento crucial para promover a presença cognitiva na aprendizagem.

Brin, S., & Page, L. (2000). The Anatomy of a Large-Scale Hypertextual Web Search Engine.

Este artigo descreve o algoritmo PageRank, usado pelo Google para classificar os resultados da pesquisa. A computação orientada por conjuntos é discutida, mostrando como múltiplas escolhas inteligentes são combinadas para fornecer resultados relevantes.

 

Maria Ivone Gaspar, Isolina Oliveira, (2017) Educação a distância: emergência cultural em revista cientifica da UCP file:///C:/Users/RM/Downloads/9019-Artigo-15000-1-10-20200610.pdf

O texto aborda a evolução da Educação a Distância, evidenciando seu impacto no contexto educacional global, com particular em Portugal. Inicialmente designada como "ensino a distância," a preferência pela expressão "educação a distância" reflete uma mudança paradigmática, priorizando a aprendizagem sobre o ensino. O surgimento da EaD remonta ao século XIX, com o ensino por correspondência, impulsionado pelo desenvolvimento das comunicações. A integração das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) marcou uma transição significativa, substituindo a ênfase no ensino pela centralidade na aprendizagem.

O ensino a distância atende às necessidades individuais dos estudantes, mas também se configura como uma conquista social, possibilitando o acesso massivo à educação e transformando paradigmas educacionais.

Destaca a emergência cultural da EaD, influenciada pelas TIC, com insights de acadêmicos como Roberto Carneiro e Manuel Castells. Além disso, explora o conceito de EaD em duas dimensões: evolução histórica e pilares fundamentais, como produção de materiais educativos, relacionamento individual e  autonomia do aprendizado. Discute as gerações das técnicas e ferramentas no ensino a distância, desde a monomédia até a aprendizagem em rede. Assim, destaca a relevância da EaD, sua evolução ao longo do tempo e seu impacto na cultura portuguesa, fomentando a aprendizagem colaborativa e a acessibilidade educacional.

 

Ricardo Vidigal da SILVA; Anabela Vidigal da SILVA . Um paradigma para professores do século XXI. Lisboa: Edições Sílabo, 2005.

Manuel, CASTELLS. A Sociedade em Rede, vol. I, 3.ª edição. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2007.

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